Foram quatro meses sem competir. Depois da meia de Lisboa, em Março, o corpo claudicou. Preparação errada, recuperação ainda pior. 3 provas de 10 kms, logo a seguir, sempre a puxar pelo corpo. Estiquei a corda e não aguentei o ritmo.
Andava a correr e a treinar abaixo dos 5 mns por km, em Dezembro já tinha feito inclusive 10 kms em 46 mns. Mas um sobre-esforço levou-me a fazer um reset.
Entre Julho e Setembro, recomecei o meu plano de treinos. Primeiro, distâncias curtas, lento. Depois aumentar gradualmente a distância, mas sempre lentamente. Treinei sempre acima dos 6 mns/km, às vezes até nos 7. Queria era correr, mesmo que o corpo já não aguentasse um ritmo superior.
Em Setembro iniciei treinos de séries, que me permitiu aumentar gradualmente a velocidade. Complementava com um treino curto e outro longo.
Dois treinos longos, em que em cada um deles consegui aguentar um ritmo de 4:40 durante 4 kms seguidos, e noutro durante 6 kms, aumentou a minha confiança.
Depois de muito treino, chegamos então à Corrida do Sporting. Dia de muita chuva e muito vento a dificultar a tarefa. Conhecia o percurso, que não é fácil por causa dos tuneis e da subida da Fontes Pereira de Melo. Sabia onde devia acelerar e onde devia resguardar-me. A minha principal preocupação era fazer a corrida sem sobressaltos e sem esforçar demais o corpo.
No final, 10 kms cumpridos em 49:53, abaixo dos 50 mns como já havia conseguido algumas vezes em 2013. Corrida tranquila, senti-me sempre bem, abrandei quando tinha de abrandar, acabei muito bem num ritmo abaixo de 4mn/km, inclusive. Até aos 3 kms a um bom ritmo, abaixo dos 5 mns/km. Abrandei a subir a Av República, acelerei Fontes Pereira de Melo abaixo para voltar a abrandar na subida. Depois, bom ritmo até Entrecampos, onde me resguardei um pouco para conseguir acelerar nos últimos 2 kms, depois do último tunel.
O corpo não está dorido e estou pronto para as próximas. Domingo há já mais uma, também difícil, a Corrida do Aeroporto.
Nota final para a organização: a saída é horrível, já a deveriam ter alterado. Afunila imediatamente, é propícia a choques e quedas e demora a arrancar. Este ano a chegada foi dentro do Estádio. Bem mais giro, não haja dúvida, mas muito mais perigoso. A chegada é exígua e com a chuva, o piso está todo enlameado, potenciando quedas. A rever.
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